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Motos Clássicas 70
Coleccionadores

Ralf Kyllar

                                      Ralf e sua colecção                                  

Por: Marcos V. Pasini

 

Natural e residente em Duque de Caxias, estado do Rio de Janeiro, Ralf Kyllar,  43 anos, empresário, colecciona e comercializa motocicletas clássicas e suas peças de reposição.
Seu acervo de motocicletas japonesas é da melhor qualidade sendo, na maioria, da década de 70, todas muito bem restauradas e conservadas.

Mantém um almoxarifado para reposição própria e comercialização

Stock de peças de reposição das clássicas. Muitas delas, na caixa

Entrando na sua garagem, tem-se a impressão de que voltamos no tempo!!!
Depara-se com motocicletas, extremamente conservadas ou caprichosamente restauradas, estacionadas lado-a-lado, como se estivéssemos em uma revenda dos anos 70.
Com certeza, é o sonho de todo aficionado por motocicletas clássicas.  

 

Detalhes da Colecção de Clássicas do Ralf

Tem, decorando suas estantes e prateleiras: tanques, emblemas, cabeçotes, pistões, junta, engrenagens, etc.., tudo bem limpo e organizado, compondo a decoração do ambiente, que transpira anos 70.
Dispõe, também, de uma vasta literatura sobre Clássicas do mundo todo.

Conta, Ralf, uma curiosidade que observou.
Diz ele:

"A Yamaha deve ter alguma superstição com o n°4".  

E continua:

"As 250 street são: DS2, DS3 e....DS5, indo até a DS7 e, em seguida, a RD
As 350 street são: R3 e....R5, e em seguida a RD
As 180/200 street são: CS2E, CS3E e...CS5E, depois RD
As Road-Racing 350 são: TR2, TR2B, TR3, e....TZ

E, em todos os modelos que você verificar, nunca vai encontrar algum com o nº 4.
Muito estranho, não?"

Painel decorativo

Filho de Oldrich Kyllar, que foi engenheiro da Skoda e que, junto ao cunhado, fez uma das primeiras travessias do Paris-Dakar, isso em 1947, com um automóvel Skoda 1101 (1089cc), bem ao estilo "com a cara e com a coragem" (nesse caso com muita coragem), Ralf conta, com orgulho, que seu pai, nascido na hoje extinta Checoslováquia, foi o primeiro a fazer essa rota, levando em seu Skoda, os escudos do Automóvel Clube do Brasil...

Ralf, hoje, patrocina uma Honda CB500 de competição na categoria 500 (Brasil), além de conduzir, com muita descontracção e bom-humor, sua loja de a "Moto Ralf," em Duque de Caxias, RJ.

Também é adepto do off-road, onde, bem ao estilo Motos Clássicas 70, percorre suas trilhas em uma Suzuki TS185, ano 1972!  
Afinal ele tem bastante reposição para ela...

Ralf pensa, também, em direccionar todo seu stock de peças novas e usadas para comercializar, favorecendo, assim, os coleccionadores, facilitando e centralizando, quando possível, o garimpo de peças para as clássicas.

Detalhes do escritório

A hospitalidade, e o espírito aberto dos cariocas (porque não dizer fluminenses), já são bem conhecidas.
Com uma extensa cultura sobre as clássicas, a conversa com Ralf, pode durar horas, falando-se de modelos raros, casos, curiosidades, e outros tantos detalhes pouco divulgados pela imprensa especializada.

E, é claro, ao cair da tarde, "tivemos" que celebrar o encontro com um churrasco e cerveja no bar de um de seus amigos motards.
Que stress...

Churrasco

Algumas Clássicas do Ralf:

Ralf, é um dos que, por amor às Clássicas dos anos 70, ajuda a preservar e divulgar a cultura dessas motocicletas e da história que as acompanha.
A cultura do motociclismo é fundamentada na sua história e em suas ancestrais.
E, no caso de quem teve a oportunidade de participar da chegada delas ao mercado brasileiro e que as viu nas lojas, sendo vendidas

 

"0Km", é como reviver essa época.
É agora, ter a satisfação de poder comprá-las, cuidar de sua restauração ou, pelo menos vê-las, já restauradas, graças a pessoas como Ralf e a outros coleccionadores que preservam esse nosso património.

Grande, Ralf!!!!

No canal de TV paga Discovery Channel's existe uma série chamada American Chopper. Os programas consistem basicamente de gravações da construção de motos chopper por uma empresa especializada. Os protagonistas são Paul Teutul Sr., seus filhos e equipe. De fato, eles conseguem produzir belezas fora de série que chamariam a acepção de qualquer motociclista. Veja estes dois exemplos:

Mas a que limites você permitiria que fosse sua paixão por este tipo de motos? É verdade que a resposta depende de quanto dinheiro você tem, mas este não parece ser o problema Alan Hardcastle, inglês, director Lia, uma importadora britânica de motos. Ele meteu a mão no bolso e pagou o valor mencionado acima para ter uma pequena colecção de “Bikes” feitas por Teutul e exibidas na série televisiva.